Reza a lenda algarvia que…
Na altura da ocupação muçulmana e da conquista cristã do reino do Algarve, existia uma princesa moura chamada Séqua e um cavaleiro cristão chamado Gilão. Os dois conheceram-se e apaixonaram-se perdidamente, vivendo no sobressalto de um amor proibido.
Os amantes encontravam-se secretamente, todas as madrugadas, em cima da ponte que une as duas margens do rio de Tavira. E, numa dessas madrugadas, foram surpreendidos pelas duas fações militares: numa das margens do rio, a fação cristã e, na outra, a fação moura.
Ao serem encontrados, o cavaleiro e a princesa sabiam que iam ser acusados de traição. Então, dramaticamente, puseram fim às suas vidas. A princesa Séqua atirou-se para um dos lados da ponte (montante) e o cavaleiro Gilão atirou-se para o outro lado (jusante). E, segundo a lenda, ainda hoje vagueiam no rio.
Assim se explica que um mesmo rio tenha dois nomes: Séqua do lado da nascente do rio e Gilão do lado da foz. Gilão e Séqua são afinal as mesmas águas, e Tavira… o fruto do seu amor.
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